15 de mai. de 2013

"(...) acreditamos  que o Congresso vai colocar os interesse do país acima (...)" 

Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann

Em recente entrevista ao jornal televisivo Bom Dia Brasil, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann citou, em referência a MP dos portos uma frase que me chamou atenção não somente em relação a este assunto mas sobre aspectos mais abrangentes da relação de nosso congresso nacional com o povo que o elegeu. Disse a ministra: "[...] É um tema com possíveis conflitos de interesses. Mas nós acreditamos  que o Congresso vai colocar os interesse do país acima desses conflitos". De uma forma diplomática e acredito que sem perceber, ela fala de um assunto que seria a maior das crises institucionais de nosso congresso que é governar segundo seus interesses.
Convencidos de que estão defendendo o interesse público agem sombreados pelo Artigo 53 da Constituição Federal que transformou a proteção dos representantes do povo contra futuros abusos, em garantia de impunidade.
Acho eu que essa crise ética é mais grave que o problema da corrupção, pois esta decorre sempre do sentimento egoísta de nossos deputados e senadores. Triste é constatar que a conduta deles é avalizada pelo nosso voto que é manipulado pelas campanhas eleitorais nada democráticas. É sabido que a publicidade e a propaganda que elegem quem deveria nos representar anulam o livre arbítrio do eleitor menos crítico e cria os"currais eleitorais" que perpetuam no poder pessoas nada comprometidas com o interesse público.
Dessa forma elege-se pessoas que governam segundo interesses próprios ou dos empresários e fazendeiros que injetam fortunas nas campanhas eleitorais para garantirem seus objetivos, que quase nunca vão ao encontro do interesse público ou da nação.
A frase da Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann poderia ter um alcance consciencial na mente desses deputados e senadores. Mas, de tão inchados de poder e viciados na boa vida que se encontram, se esquecem do sofrimento do povo que iludidos, lhes elegem não numa prática democrática, mas conduzidos feito gados controlados pelos competentes vaqueiros da mídia.
Como a Ministra,eu também gostaria de ver, uma única vez, nossos congressistas votarem em algo sem se preocupar com o fator QUANTO, ou seja: QUANTO vão lucrar, QUANTO isso vai repercutir na mídia e o QUANTO vai pesar em seu favor na próxima eleição. Infelizmente somos reféns desses quantificadores de vantagens emQUANTO o povo sofre.

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